Entre janeiro e maio de 2024, mais de 14 mil estudantes do Rio Grande do Sul participaram de uma pesquisa online conduzida pelo CIEE-RS, a fim de oferecer um panorama detalhado sobre o perfil do estagiário gaúcho. Os resultados revelam tendências importantes e as motivações que guiam os jovens em busca de oportunidades no mercado de trabalho.
Dos respondentes, 34% estão atualmente estagiando, enquanto 66% não estão inseridos no mercado de trabalho. Destes, 94% afirmaram estar ativamente procurando um estágio, evidenciando uma forte demanda por inserção profissional.
Ao escolher uma empresa para estagiar, os benefícios focados no bem-estar (55%) são os mais valorizados, seguidos pelo valor da remuneração (36%), crescimento profissional (30%), possibilidade de home office (25%) e programas de diversidade e inclusão (20%).
Preferências em relação ao processo seletivo e ao regime de trabalho também foram exploradas. 72% responderam que preferem entrevistas de emprego presenciais. Ao mesmo tempo, esse mesmo percentual de entrevistados também afirmou que está disposto a trocar seu estágio atual por uma oportunidade que ofereça o modelo home office.
A familiaridade com a tecnologia se destaca: 47% dos jovens relataram contato com ferramentas de inteligência artificial, e 79,98% destes utilizam essas tecnologias como suporte em suas atividades acadêmicas ou durante o estágio.
A pesquisa também destacou a diversidade socioeconômica. A renda familiar de 29% dos respondentes varia de um a três salários mínimos, enquanto 3% não possuem nenhuma renda e apenas 0,15% têm renda superior a 15 salários mínimos. Além disso, 82,45% não recebem nenhum auxílio governamental, e dos que recebem, 80% participam do Bolsa Família.
As motivações para buscar um estágio variam: 50% buscam experiência profissional, 26% almejam o crescimento profissional, 19% por necessidades financeiras e 4% vão atrás de estágio pela obrigatoriedade curricular.
Para descontrair, os estagiários gaúchos preferem atividades físicas (32%), conversas com amigos (28%) e leitura (20%). A pesquisa completa pode ser acessada no blog do CIEE-RS.