A OpenAI lançou um novo modelo de inteligência artificial que, segundo a empresa, pode “raciocinar” e resolver problemas mais difíceis de ciências, codificação e matemática do que seus antecessores. Primeira de uma série chamada “OpenAI o1”, a novidade foi revelada como uma prévia – atualizações e melhorias regulares devem ser implementadas. O sistema se tornará gradualmente disponível para a maioria dos usuários da ferramenta.
“Treinamos esses modelos para gastar mais tempo pensando nos problemas antes de responder, bem como uma pessoa faria”, disse a empresa criadora do ChatGPT em seu site. “Por meio do treinamento, eles aprendem a refinar seu processo de pensamento, tentar estratégias diferentes e reconhecer seus erros.”
Como exemplos do poder dos novos modelos, a OpenAI observou que eles podem ser usados por pesquisadores da área da saúde para anotar dados de sequenciamento de células e por físicos para gerar “fórmulas matemáticas complicadas necessárias para a óptica quântica”.
O potencial dos novos modelos de IA também foi destacado por Noam Brown, um cientista pesquisador da empresa. “O o1 da OpenAI pensa por segundos, mas almejamos que versões futuras pensem por horas, dias, até semanas. Os custos de inferência serão maiores”, ele postou no X quinta-feira, referindo-se aos custos — como contas de energia mais altas — de usar IA para fazer inferências a partir das entradas de usuários.
“Mas qual custo você pagaria por um novo medicamento contra o câncer? Por baterias inovadoras?”, ele acrescentou.
A enorme sede de energia da IA deveria ser discutida na quinta-feira (12) entre altos funcionários da Casa Branca e os principais executivos de tecnologia dos Estados Unidos. Sam Altman, CEO da OpenAI, a executiva sênior do Google Ruth Porat e o CEO da Anthropic Dario Amodei eram esperados para a reunião, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
Desafios complexos
Embora a tecnologia possa ajudar a resolver problemas espinhosos como o câncer e a crise climática, ela apresenta desafios igualmente complexos, incluindo como atender à demanda significativa de eletricidade exigida por sistemas avançados de IA — o que pode piorar o aquecimento global.
O novo modelo da OpenAI ainda não tem muitos dos recursos “que tornam o ChatGPT útil”, disse a empresa, como navegar na web em busca de informações e fazer upload de arquivos e imagens. “Mas para tarefas complexas de raciocínio, este é um avanço significativo”, acrescentou.
Em testes, o OpenAI o1 tem desempenho similar ao de alunos de doutorado em tarefas com padrão de referência difíceis em física, química e biologia, de acordo com a empresa. E em um exame de qualificação para a Olimpíada Internacional de Matemática, a nova série de modelos resolveu corretamente 83% dos problemas. As informações são da CNN.
Fonte: O Sul
Foto: Nação Digital