Imigração italiana no RS completa 150 anos nesta terça; saiba mais sobre a data histórica

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Foto: divulgação

O ano de 2025 marca os 150 anos da imigração italiana no Estado, uma trajetória que começou oficialmente no dia 20 de maio de 1875, quando os primeiros imigrantes italianos desembarcaram na localidade de Nova Milano, hoje distrito de Farroupilha, na Serra Gaúcha.

Entre 1875 e 1914, cerca de 84 mil italianos chegaram ao Rio Grande do Sul, vindos majoritariamente das regiões da Lombardia, do Vêneto e do Tirol, no norte da Itália. Fugindo da instabilidade econômica e das tensões políticas que mais tarde culminariam na Primeira Guerra Mundial, essas famílias buscavam no Brasil a chance de uma vida nova, longe da pobreza e da iminente guerra na Europa.

O ápice desse movimento migratório ocorreu entre 1884 e 1894, quando aproximadamente 60 mil italianos se estabeleceram em terras gaúchas. Eles ocuparam lotes rurais oferecidos pelo governo imperial brasileiro em colônias agrícolas, como Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, Veranópolis, Flores da Cunha, entre outras, contribuindo significativamente para o povoamento e o desenvolvimento econômico da região.

A herança deixada por esses imigrantes está presente até hoje na arquitetura, na gastronomia, na música, nos dialetos – especialmente o talian, reconhecido como patrimônio cultural imaterial – e nos valores da comunidade. A cultura italiana no RS é viva e pulsante, celebrada em festas tradicionais, corais, grupos de dança, vinícolas e no espírito empreendedor dos descendentes.

Ao longo de 2025, diversas cidades gaúchas com forte presença da imigração italiana devem realizar eventos comemorativos para marcar os 150 anos desse legado histórico, reforçando a importância da memória e da identidade cultural na formação da sociedade sul-rio-grandense.

Marco de entrada de Veranópolis, homenageia os 125 anos da Colonização Italiana no RS quando inaugurado em 2000. No alto de um dos seus braços, pode-se ver a representação das três gerações da família de imigrantes italianos, e no outro, a maçã, mostrando o pioneirismo do plantio da fruta no Brasil. Foto: divulgação

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