Há exatamente um ano, o 1º de maio de 2024 ficou registrado na memória dos gaúchos como um dos dias mais intensos e devastadores da história recente do Rio Grande do Sul. Naquele feriado do Dia do Trabalhador, a natureza impôs uma prova dura ao Estado e, consequentemente à região. Chuvas torrenciais, que ultrapassaram em poucas horas os volumes esperados para semanas inteiras, transformaram estradas em rios, destruíram pontes, alagaram bairros inteiros e causaram deslizamentos de terra que isolaram comunidades.
Na Serra das Antas, diversos trechos de deslizamentos foram registrados, causando mortes e bloqueando uma importante ligação com a região metropolitana. Várias localidades ficaram sem acesso, energia e comunicações. A força das águas deixou rastro de destruição — mas também revelou a impressionante solidariedade de moradores, voluntários e equipes de resgate.
Um ano depois, as marcas ainda permanecem: algumas visíveis na paisagem, outras invisíveis, na memória de quem viveu o medo e a incerteza daqueles dias. A reconstrução segue, mas com ela cresce também o sentimento de pertencimento e superação. Esta data não é apenas de lembrança, mas de aprendizado e reforço à importância da prevenção, da resposta rápida e da união comunitária diante dos extremos climáticos que têm se tornado cada vez mais frequentes.
