O estado geral das rodovias no Rio Grande do Sul melhorou timidamente neste ano em relação a 2021. A conclusão é da Pesquisa CNT de Rodovias 2022, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na manhã desta quarta-feira. De 31,2% das estradas federais e estaduais em estado bom ou ótimo no ano passado, o percentual cresceu para 34% em 2022. Consequentemente, as estradas com algum tipo de problema, classificadas como péssimas, regulares ou ruins, caíram de 68,8% em 2021 para 66% neste ano.
O RS tem, ainda, a freeway, entre Porto Alegre e Osório, no Litoral Norte, com 98 quilômetros percorridos, como a sétima melhor rodovia do Brasil, ainda conforme a CNT. Ao todo, 8.786 quilômetros de rodovias foram avaliados pelo levantamento, ou 8% da malha rodoviária nacional, quilometragem levemente superior a 2021, quando houve a avaliação de 8.782 quilômetros. Na média, o estado geral das rodovias gaúchas é idêntico ao verificado no Brasil, que registrou os mesmos percentuais. Já a pior rodovia do Estado, conforme o levantamento, é a ERS-020, entre Três Coroas e Gravataí.
No entanto, o percentual das estradas consideradas ótimas é maior no país (8,5%) do que no RS (6,3%), assim como as péssimas, com 1,8% no RS e 6,5% no Brasil. A CNT apontou ainda que há 31 pontos críticos nas rodovias do Rio Grande do Sul, e ainda, que são necessários R$ 6,43 bilhões em investimentos para recuperação das vias gaúchas, para ações emergenciais de restauração e reconstrução.
Outro dado apresentado na coletiva de imprensa que divulgou a pesquisa é que a má qualidade do pavimento da malha rodoviária gaúcha provoca um prejuízo de R$ 397,36 milhões em combustível aos transportadores, que poderão consumir desnecessariamente 87,1 milhões de litros de diesel. Há, ainda, um aumento no custo operacional para o transporte no RS na ordem de 32,5%. “Isto reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos”, observa a CNT.
O estado geral do pavimento em si também melhorou em 7,4% do total pesquisado no RS entre um ano e outro, mas os trechos ótimos diminuíram de 37% da malha rodoviária gaúcha em 2021 para 26,7% em 2022. A sinalização teve uma sensível melhora, caindo de 73% em 2021 em estado péssimo, regular e ruim para 55% no ano de 2022. Chama a atenção o aumento considerável do item ótimo, crescendo de 1,9% em 2021 (166 quilômetros) para 11% em 2022 (965 quilômetros).
Por fim, a geometria das estradas gaúchas manteve o percentual de 33,2% considerada ótima ou boa e 66,8%, regular, ruim ou péssima. Houve, no entanto, um leve aumento comparativo nos trechos considerados ótimos, regulares e ruins, e redução nos bons e péssimos. Rodovias com pistas simples representam 91,5% da malha avaliada e falta acostamento em 37,3% dos trechos. Ainda 29,3% do trecho inspecionado com curvas perigosas não tinha nenhum tipo de sinalização.
Com taxação de ricos, faixa de isenção do Imposto de Renda pode passar de R$ 5 mil