Reconstrução de pontes e estradas no RS

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Inegavelmente, vivemos um período transformador no Rio Grande do Sul. Depois da maior tragédia climática recente do Brasil, estamos enfrentando desafios inimagináveis para nos reerguermos em todas as áreas. No setor de transportes, não é diferente.

Para se ter uma ideia da magnitude, da complexidade do problema, no km 88 da ERS-129, entre Muçum e Vespasiano Corrêa, no Vale do Taquari, houve uma erosão, um desmoronamento de terra do tamanho de um prédio de 13 andares. Também seria possível colocar um campo de futebol profissional na cratera.

Esses dados ilustram a dimensão dos danos em apenas uma das rodovias que foram severamente danificadas pelas enchentes, que atingiram mais de 13 mil km de estradas, sendo mais de 8 mil km nas estaduais e mais de 5 mil km nas federais.

No auge do problema, foram 403 pontos de rodovias afetados, dos quais já temos 82% destes pontos liberados em todo o Estado. Aliás, a reconstrução total deste trecho da ERS-129, citada aqui como exemplo, está inserida no Plano Rio Grande, um programa robusto, inédito de reconstrução, adaptação e resiliência climática que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.

Sob o comando do governador Eduardo Leite e do vice-governador, Gabriel Souza, trabalhamos com duas projeções de investimento para reconstruir rodovias e pontes: o custo mínimo seria de R$ 3 bilhões, com obras de correção e liberação dos pontos atingidos. Já no cenário de investimento com adaptações para as mudanças climáticas, o valor pode chegar a R$ 10 bilhões.

Nosso plano de ação, já em curso, abrange 30 obras prioritárias, espalhadas em diferentes regiões, e que foram elencadas, depois de um amplo estudo, levando em conta critérios técnicos de mobilidade entre regiões afetadas e seus respectivos impactos econômicos para o Estado.

Com muito trabalho, fé e união, seguiremos trabalhando incansavelmente para nos reerguermos e melhorarmos a qualidade de vida de todos os gaúchos.

Por Juvir Costella, secretário de Logística e Transportes do RS

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