Quer saber se você está envelhecendo bem?

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Um estudo recente com 1.275 homens e mulheres descobriu que as pessoas com relativamente pouca força manual – um indício confiável da qualidade e força muscular geral – mostraram sinais de envelhecimento acelerado de seu DNA. Seus genes pareciam estar envelhecendo mais rápido do que os de pessoas com mais força.

O estudo, embora preliminar, levanta a possibilidade de que ir à academia ou fazer algumas flexões na sala de casa pode ajudar a rodar o relógio para trás e deixar nossas células mais jovens, seja qual for nossa idade.

Muitas pesquisas já nos dizem que ter força é bom. As pessoas que levantam pesos são substancialmente menos propensas a desenvolver doenças cardíacas, pressão alta e muitas outras doenças crônicas do que aquelas que pulam os exercícios de resistência.

A força também pode ser um augúrio de quanto tempo viveremos. Em um estudo de 2015 com quase 140 mil adultos em países de alta, média e baixa renda, a redução da força de preensão manual se mostrou intimamente ligada à mortalidade em pessoas de todas as rendas, prevendo riscos de morte prematura melhor do que a pressão arterial, que muitas vezes é considerada um dos os melhores indicadores de expectativa de vida.

“A força de preensão é um preditor simples, mas poderoso, de futura incapacidade, morbidade e mortalidade”, concluíram os autores de um editorial anexo, cujos efeitos são verdadeiros “não apenas em pessoas mais velhas, mas também em pessoas de meia-idade e jovens”.

Mas como um aperto forte hoje pode influenciar nosso bem-estar amanhã? “A força de preensão frequentemente é chamada de biomarcador do envelhecimento”, disse Mark Peterson, professor associado de medicina física e reabilitação da Universidade de Michigan em Ann Arbor, que liderou o novo estudo. “Mas o contexto biológico de por que é tão preditivo de resultados positivos e negativos durante o envelhecimento não ficou muito claro.”

Talvez, especularam Peterson e seus colegas, a chave seja a epigenética.

A epigenética envolve mudanças nos números e ações de certas moléculas minúsculas que se ligam como moluscos à superfície externa de um gene e afetam como e quando esse gene é ativado. Mudanças epigenéticas ocorrem em resposta a nossas dietas, hábitos de exercícios e muitos outros aspectos da vida, afetando nosso DNA e saúde.

A epigenética também pode sinalizar a rapidez com que envelhecemos, mostra a ciência recente.

Cerca de uma década atrás, os pesquisadores começaram a analisar enormes conjuntos de dados de epigenomas – que são as mudanças epigenéticas exclusivas de cada um de nós – e a usar esses dados para desenvolver os chamados “relógios epigenéticos”, os quais estimam nossa idade biológica.

A idade cronológica, claro, diz quantos anos temos, de acordo com nossa certidão de nascimento. A idade biológica indica a idade funcional e a saúde de nossas células e corpos. Os dois números podem diferir substancialmente.

Os relógios epigenéticos usam algoritmos para avaliar a idade biológica, com base nos vários padrões de moléculas nos genes. Se o relógio sugerir que sua idade biológica excede a cronológica, você está envelhecendo mais rápido do que o normal e, para falar francamente, aproximando-se da fragilidade e da morte em ritmo mais rápido do que alguém cuja idade biológica é menor.

Eles descobriram que, em geral, quanto mais fraca a força de preensão, maior a idade epigenética. O DNA dessas pessoas parecia menos jovem do que o de suas contemporâneas mais fortes, deixando-as potencialmente mais vulneráveis a doenças ou morte.

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