Ozzy Osbourne morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos. Considerado um dos maiores nomes da história do rock, o cantor britânico ficou conhecido mundialmente como vocalista da banda Black Sabbath, grupo que ajudou a moldar o heavy metal. A causa da morte não foi divulgada pela família até o momento.
Nascido John Michael Osbourne, em Birmingham, na Inglaterra, ele ficou conhecido como o “Príncipe das Trevas”, apelido que refletia não apenas a estética sombria de sua música, mas também a irreverência e o espírito provocador que cultivou ao longo da carreira. Filho de operários, Ozzy cresceu em uma região industrial e encontrou na música uma saída para um futuro incerto.
O Black Sabbath foi formado no final dos anos 1960 e, ao longo da década seguinte, se tornou um dos nomes mais influentes do rock pesado. Ozzy liderava os vocais de clássicos como “Iron Man”, “War Pigs” e “Paranoid”, faixa que batiza um dos álbuns mais aclamados da banda. Sua voz inconfundível e a presença intensa no palco ajudaram a consolidar o gênero.
Em 1979, após ser demitido do Black Sabbath, Ozzy deu início a uma bem-sucedida carreira solo. Lançou discos icônicos como *Blizzard of Ozz*, que trouxe sucessos como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. Ao longo dos anos 1980 e 1990, continuou em destaque nas paradas, mantendo-se relevante mesmo em meio às mudanças no cenário musical.
Conhecido por sua personalidade excêntrica, Ozzy também chamou atenção por episódios polêmicos, como quando mordeu a cabeça de um morcego durante um show. Ao mesmo tempo, cativava fãs com seu bom humor e sua maneira espontânea de se expressar, tanto no palco quanto em entrevistas. Isso o transformou em uma figura pop além do mundo da música.
Nos anos 2000, a família Osbourne ganhou ainda mais notoriedade com o reality show *The Osbournes*, exibido pela MTV, que mostrava o dia a dia da família em sua mansão. A série revelou um lado mais humano e vulnerável do cantor, que lidava com os desafios da fama, da paternidade e da saúde mental em meio ao caos da vida doméstica.
Ozzy enfrentava graves problemas de saúde nos últimos anos. Em 2019, revelou ter sido diagnosticado com Parkinson. Passou por cirurgias na coluna, teve complicações após quedas e declarou publicamente que não conseguia mais andar sem auxílio. Apesar disso, manteve a disposição de continuar se comunicando com os fãs, muitas vezes com mensagens de gratidão e resiliência.
“Apesar de todas as minhas reclamações, ainda estou vivo… Vejo pessoas que não fizeram nem metade do que eu e não chegaram até aqui”, disse ele em uma de suas últimas entrevistas. A frase reflete não apenas seu humor sarcástico, mas também a resistência de um artista que sobreviveu a décadas de excessos, críticas e doenças.
Ozzy deixa a esposa, Sharon Osbourne, com quem foi casado por mais de 40 anos, além dos filhos Aimee, Kelly e Jack. Sua morte marca o fim de uma era no rock, mas seu legado permanece vivo nas gerações que foram influenciadas por sua música e atitude. Bandas e artistas ao redor do mundo já começaram a prestar homenagens nas redes sociais.
Com informações de O Sul.
