A paralisação começa nesta segunda-feira (12). Os trabalhadores reivindicam ganho real de salário e melhores condições de trabalho. São 770 profissionais que atuam em 48 escolinhas administradas por três entidades assistenciais, onde estudam cerca de 12 mil crianças, conforme a Secretaria Municipal de Educação (Smed). A decisão foi adotada durante uma assembleia do Sindicato dos Empregados em Entidades, Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Caxias do Sul (Senalba). A plenária ocorreu depois de uma audiência de mediação, no Forum de Caxias do Sul, no dia 1º de junho.
A entidade sindical alega uma série de problemas para atender as crianças. Entre eles, está a deficiência de cuidadores para dar conta da demanda de portadores de necessidades especiais. Além disso, a falta de acessibilidade e de climatização nas cozinhas, e a demora na reposição de profissionais, que gera sobrecarga de trabalho para os funcionários.
A paralisação ocorre depois de uma trégua dada a Secretaria Municipal de Educação (Smed). Durante 10 dias, um grupo de trabalho composto por representantes do Município, do Senalba e das três entidades mantenedoras, estudou alternativas para atender as reivindicações dos trabalhadores. Entretanto, segundo o presidente do sindicato, Claiton Melo, a comissão não avançou nas negociações.
A secretária de Educação, Sandra Negrini, diz que a greve vai prejudicar as crianças e as famílias, que contam com as escolinhas para deixarem os filhos. Ela discorda da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em declarar a legalidade da greve. Sandra salienta que o Executivo concedeu a reposição da inflação à categoria. Entretanto, os trabalhadores não aceitaram o percentual de aumento.
Além da melhoria das condições de trabalho, o Senalba reivindica um reajuste salarial de 15%. O governo municipal mantém a concessão 5,78% de aumento, retroativo a 1º de abril. Segundo Claiton Melo, no final da tarde desta segunda-feira, uma assembleia da categoria vai avaliar o rumo da paralisação.
Fonte: Rádio Caxias
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