Ferramenta sobre intoxicação por metanol no Rio Grande do Sul é lançada pelo governo gaúcho

SEJA O PRIMEIRO A COMPARTILHAR ISSO >

O governo do Rio Grande do Sul lançou nesta quinta-feira (9) uma página especial na internet sobre metanol, com o objetivo de facilitar o acesso da população às informações sobre possíveis casos de intoxicação no Estado. Os dados podem ser visualizados no site: saude.rs.gov.br/metanol.

A ferramenta, disponível no site oficial da Secretaria da Saúde (SES), reunirá orientações, boletins atualizados, notas técnicas e outras informações relevantes sobre o tema.

O conteúdo será atualizado diariamente com dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), responsável pelo monitoramento dos casos suspeitos e confirmados. A criação do espaço on-line faz parte das ações de transparência e prevenção do governo do Estado, que, pela SES, acompanha de forma integrada, junto a outras instituições, os desdobramentos relacionados à possível circulação de bebidas adulteradas com metanol no Rio Grande do Sul. A orientação para a população é evitar o consumo de bebidas de procedência desconhecida.

“O novo espaço no site foi criado para consolidar as informações sobre o assunto, e é voltado à profissionais de saúde e população em geral. Nos próximos dias teremos ainda mais conteúdo disponível para que seja possível esclarecer possíveis dúvidas e para monitorar a evolução dos casos no Estado”, explicou a diretora do CEVS, Tani Ranieri.

Metanol

O metanol é um solvente altamente tóxico, cuja ingestão pode causar intoxicação grave, com risco de cegueira irreversível e até óbito. Isso ocorre devido à sua biotransformação em ácido fórmico no organismo. Trata-se de um composto químico líquido, incolor e volátil, utilizado principalmente em produtos industriais.

A definição de caso suspeito de intoxicação por metanol considera pacientes com histórico de ingestão de bebidas alcoólicas que apresentem, entre seis e 72 horas após o consumo, persistência ou piora de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:

– Sintomas compatíveis com embriaguez acompanhados de desconforto gástrico ou quadro de gastrite;
– Manifestações visuais, como visão turva, borrada, escotomas (pontos cegos) ou redução da acuidade visual.
– Esses sintomas podem evoluir para rebaixamento de consciência (perda da capacidade de interagir com o ambiente, variando de sonolência a entorpecimento), convulsões, coma, e alterações visuais persistentes, como cegueira, escotoma central (perda de visão que afeta o centro do campo visual) e atrofia óptica (dano ao nervo óptico).

O serviço de saúde deve realizar contato imediato com o Centro de Informação Toxicológica (CIT) pelo telefone 0800 721 3000 para verificar se o caso se enquadra como suspeito.

Caso confirmado

Homem, 42 anos, de Porto Alegre: consumiu caipirinhas de vodca em São Paulo (SP) no dia 26/9. Apresentou sintomas como febre, dor abdominal e dor de cabeça entre 12 e 24 horas após o consumo. Também relatou visão turva e alteração na percepção de cores. De volta ao Rio Grande do Sul, foi atendido na emergência do Hospital São Lucas da PUCRS no dia 30/9, onde recebeu tratamento e foi liberado.

Em investigação

  • Homem, 37 anos, Torres
  • Homem, 26 anos, Bento Gonçalves
  • Homem, 28 anos, Porto Alegre
  • Homem, 64 anos, Viamão
  • Homem, 21 anos, Novo Hamburgo
  • Mulher, 20 anos, Passo Fundo

Descartados

  • Homem, 23 anos, Porto Alegre
  • Homem, 45 anos, Nova Santa Rita
  • Homem, 38 anos, Porto Alegre
  • Homem, 84 anos, Santa Maria

SEJA O PRIMEIRO A COMPARTILHAR ISSO >