Espumantes: o ano de 2022 deve encerrar com motivos de sobra para brindar.

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Para o mercado de espumantes, o ano de 2022 deve encerrar com motivos de sobra para brindar. Com as confraternizações, Natal e Réveillon as vendas deste ano no Brasil devem ter crescimento de ao menos 15%, em comparação com 2021. Ano passado, foram comercializados 21 milhões de litros da bebida.

Os dados são da Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura). Até outubro, as vendas já apresentaram aumento de cerca de 7%. De acordo com Daniel Panizzi, presidente de Uvibra, historicamente, os últimos quatro meses do ano, concentram de 30% a 40% das vendas de espumantes, resultado que é impulsionado principalmente pelo mês de dezembro.

A produção é baseada na colheita da uva, e como as vendas são concentradas no último quadrimestre, no começo do ano as vinícolas já se preparam para chegar neste mês com estoque para atender a demanda.

Além do espumante

Durante muito tempo a cerveja dominou com larga vantagem a preferência e o espaço no copo dos brasileiros, mas com as medidas restritivas, causadas pela pandemia, as taças de vinho e espumante deixaram de ser usadas apenas em datas especiais e passaram a fazer, cada vez mais, parte do dia a dia.

Depois de atingir patamares nunca antes alcançados, este ano o setor de vinhos já aguardava uma queda nos números, o que de fato aconteceu. Dados de uma consultoria especializada no mercado de vinhos, mostram que de janeiro a outubro deste ano, houve uma queda de cerca de 10% no volume de estoque da bebida no Brasil. O cálculo é feito a partir da soma em milhões de litros da comercialização das vinícolas nacionais com as importações.

“Eu acredito que o problema econômico, no Brasil e no mundo, é realmente o principal fator para esta desaceleração do mercado e redução do investimento do próprio varejo em relação ao volume de estoque existente. Hoje temos diminuição de demanda e altas taxas de juros que incidem sobre a rentabilidade”, afirma Felipe Galtaroça, presidente de uma consultoria.

Ainda de acordo com a consultoria, apesar da queda, quando comparado com o período pré-pandemia, os números de 2022 ainda são melhores. Mesmo com este movimento do mercado, após recém completar 20 anos de existência, a Grand Cru, uma das maiores importadoras de vinhos da américa latina, tem motivos de sobra pra comemorar.

De acordo o CEO Alexandre Bratt, em 2022, quando comparado com o ano anterior a empresa cresceu em praticamente todos os canais. 40% no On Trade, que são restaurantes, e 20% no Off Trade, que são supermercados. Ainda segundo o CEO, nas lojas e franquias o crescimento chega à casa dos 10%.

“Esse crescimento se dá por vários fatores, a gente estruturou muito bem o nosso time. A gente tem um portifólio muito forte, abrimos muitas lojas. No ano passado foram 35 lojas da bandeira Grand Cru e este ano estamos abrindo mais 20 lojas. É um efeito de levar mais vinhos para mais regiões, de maneira estruturada”, explica Alexandre Bratt.

Segundo o CEO, além do aumento do consumo nos últimos anos, foi possível perceber uma mudança de comportamento em relação aos tipos de vinhos escolhidos. Os brancos e rosés caíram no gosto dos brasileiros e isto expandiu ainda mais o mercado, afinal, se antes o vinho era considerado por muitos, uma bebida de inverno, agora passou a estar presente em todas as estações, incluindo o verão.

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