Doenças crônicas, conscientização e a importância do acompanhamento médico

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Quando falamos de doenças crônicas, alguns dados dão a dimensão do problema. A cada ano, 41 milhões de pessoas morrem em razão das doenças crônicas no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Isso equivale a 74% de todos os óbitos registrados.

As doenças cardiovasculares respondem pela maioria dessas mortes, ou 17,9 milhões de pessoas por ano. Em seguida vêm os cânceres (9,3 milhões), doenças respiratórias (4,1 milhões) e diabetes (2 milhões, incluindo mortes por doenças renais ligadas ao diabetes).

Doenças crônicas costumam ser de longa duração e resultam da combinação de fatores fisiológicos, genéticos, comportamentais e ambientais. Tabagismo, inatividade física, uso abusivo de álcool e uma dieta não saudável ampliam o risco de morrer de doença crônica.

Apesar de não ter cura, muitas doenças crônicas podem ser controladas com um bom tratamento e acompanhamento médico. Por isso, a conscientização é crucial. Em geral, a pressão alta, o diabetes, a artrose, a osteoporose e a demência têm mais de uma causa.

A carga genética tem a sua importância no desenvolvimento das doenças crônicas. Mas um envelhecimento saudável também está muito ligado ao nosso estilo de vida, algo construído por cada pessoa. Daí a importância de ter informação e um acompanhamento médico adequado.

Consultas de rotina, por exemplo, são fundamentais para detectar de forma precoce e agir para que não surjam as complicações de uma doença crônica. E, caso uma complicação se manifeste, o acompanhamento médico é importante para controlar e reabilitar o paciente.

Uma dieta adequada e saudável, a prática de atividades físicas, uma boa qualidade do sono e acompanhamento médico feito de forma regular são maneiras de reduzir os riscos de desenvolver doenças crônicas. São atitudes diárias que todo mundo deve ter em mente.

Dados de alerta

Um amplo levantamento, com o objetivo de mapear a saúde da população brasileira, apresenta dados de alerta, principalmente para a população jovem, com idades de 18 a 24 anos.

A obesidade e o excesso de peso crescem entre os jovens dessa faixa etária. Em 2022, 9% dessa população tinha índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 30 kg/cm², o que configura obesidade. Já em 2023, esse percentual subiu para 17,1%.

No contexto da saúde mental, 31,6% já receberam diagnóstico médico de ansiedade e 32,6% relatam episódio de consumo abusivo de álcool (quatro doses ou mais para mulheres e cinco doses ou mais para homens em uma mesma ocasião) nos 30 dias antes da entrevista do inquérito.

Os dados são do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgados em junho.

A pesquisa investigou a magnitude do impacto dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na população adulta brasileira (18 anos ou mais). Foram ouvidas 9.000 pessoas, de todas as regiões do Brasil, entre janeiro e abril por telefone.

Desenvolvido pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir da articulação e financiamento da Umane e apoio da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o Covitel foi realizado pela primeira vez em 2022 e chega à sua segunda edição em 2023.

“O Covitel mais uma vez vem para contribuir com a geração de dados sobre os fatores de risco de condições crônicas no Brasil. Por meio do uso de dados em saúde pública, podemos melhor informar, planejar e aprimorar programas e políticas públicas de enfrentamento destas condições tão prevalentes na população brasileira”, completa Thais Junqueira, Superintendente Geral da Umane. As informações são do portal de notícias Terra e da CNN.

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